Muito tem se falado sobre o novos mecanismos de impacto e de dribles de precisão do Fifa12, a nova edição do game de futebol da Eletronic Arts (EA).
Juntamente com a evolução na inteligência artificial, esses atributos têm sido apontados como pontos cruciais que farão o novo jogo da franquia quebrar paradigmas.
Entretanto, segundo o site IGN, uma evolução, mais silenciosa, pode também contribuir para essa 'revolução'. Tratam-se de mudanças profundas nas táticas de defesa, ou seja, na mecânica do que é possível fazer quando não se tem a posse de bola, segundo explica o produtor do game, David Rutter.
A razão da mudança, explica Rutter, foi a grande quantidade de reclamações de fãs da série, que afirmavam que ao ser atacado, a defesa partia rapidamente para bloquear o adversário, deixando um espaço muito grande às suas costas.
Segundo ele, esse comportamento kamikaze, razão de um desequilíbrio na porção de defesa do jogo, resultava de uma mecânica infeliz de pressão ao adversário, propagada nos últimos anos da série Fifa.
Com a correção, mais que pensar em formas de criar oportunidades para chegar ao gol, o jogador também terá de pensar no que fará para frear o ataque adversário, e não só manterá um botão específico pressionado, esperando o jogador mais próximo a quem está com a bola partir para o desarme, o que na versão atual ocorre muitas vezes de forma afobada e imprudente.
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O novo sistema de defesa desafia o jogador a tomar decisões como os defensores da vida real tomam o tempo todo. 'Se você está defendendo, por exemplo, com Ashley Cole
(Chelsea) e Nani (Manchester United) vier rasgando a lateral esquerda, pode-se adotar uma postura de contenção fechando a perna direita do atacante, dando a ele o meio do campo com única opção', diz. 'É realmente ter de jogar sem bola', completa.
A alteração irá diminuir o ritmo do jogo, mas não de uma forma ruim, frisa o produtor. 'Haverá mais tempo com a bola e consequentemente mais tempo para explorar o campo e experimentar coisas novas.'
'Mas como essa mudança impactará quem já está acostumado à mecânica anterior?', questiona a matéria. 'Em última análise, haverá uma curva de aprendizado', explica Rutter, frisando porém que ela será rápida.
'Será como jogar dois jogos diferentes. Um quando está com a bola e outro quando está sem ela'.
Concorrente. O mesmo discurso (do jogo sem bola) tem adotado a Konami quando fala das melhorias no Pro Evolution Soccer 2012, principal concorrente da série Fifa. Além da defesa que cerca quem
está com a bola e as opções de toque,
em vez de partir pra cima rapidamente, o jogo sem bola também ocorre em cobranças de lateral, escanteios e faltas, com a opção escolher o jogador que receberá a bola e movimentá-lo em campo.